O Palhaço “ARRIFINFA”!

DUDUKA MONTEIRO
2 min readMay 28, 2021
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Segundo Arrifinfa, um palhaço sem picadeiro — que vive nas ruas da cidade fazendo peripécias pelas esquinas a procura de uns trocados, os tempos atuais e pandêmicos começam a ditar regras absolutas:

“Descobrimos que somos cartas fora do baralho quando não nos convidam nem para velórios”, disse com um sorriso largo. E completou: “Só somos lembrados pelos serviços de telemarketing de cobrança de bancos e de telefonias”, gargalhou.

Logo ele que não possui celular, moradia fixa, ex alcoólotra, e que vive fantasiado de palhaço perambulando pela cidade que nasceu, se criou e espera algum dia morrer, ainda guarda sarcasmo em suas palavras:

“Do jeito que a coisa está, quando morrermos, seremos embrulhados em lençóis e largados em algum depósito de restos humanos para os urubus”, completava com ironia.

Para quem não conhece o “Arrifinfa” — alcunha originária de sua descendência materna do vilarejo de “Arrifana”, uma freguesia portuguesa do município de Santa Maria da Feira, próximo a Cucujães, em Portugal, fique sabendo que ele fez parte do seleto grupo de palhaços que se apresentou numa filial do “Circo Voador”, em nossa cidade, em meados da década de 80, do século passado. Aliás, o local deixou de ser um circo para se transformar em uma enorme igreja com outro tipo de picadeiro.

(depois continuamos a história de Arrifinfa!)

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